Combate ao
Coronavírus
Departamento de Vigilância Epidemiológica
Rua Juvenal de Campos, 203, Centro
Telefone para contato: (15) 3259.6358
As vacinas contra a COVID-19 que foram aprovadas pela ANVISA, até o momento, para uso emergencial no Brasil são das Farmacêuticas Sinovac/Butantan e AstraZeneca/ Fiocruz que recomendam sua utilização em pessoas a partir de 18 anos de idade e que não tenham contraindicações médicas (confira os tópicos com informações sobre cada uma). Considerando a disponibilidade limitada de doses das vacinas faz-se necessária a definição de grupos prioritários para a vacinação. Nesse cenário os grupos de maior risco para agravamento e óbito, além da força de trabalho para manutenção do funcionamento dos serviços de saúde e dos serviços essenciais serão priorizados. É importante respeitar o cronograma da campanha de vacinação, esperando o momento indicado para o público-alvo do qual você faz parte. Confira informações sobre as fases da campanha no site https://vacinaja.sp.gov.br/.
Sim. A vacinação é recomendada para todas as pessoas aptas a receber o imunizante, inclusive as que já tiveram COVID-19. Embora a maioria das pessoas que tiveram COVID-19 tenham gerado resposta imune, nem sempre essa resposta é protetora e/ou duradoura. Portanto, as pessoas que tiveram COVID-19 deverão receber a vacina. Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com sintomas respiratórios até a recuperação clínica total – pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que a pessoa estivesse assintomática (sem sintomas).
Não. Medidas como o uso da máscara e a higienização das mãos continuam fundamentais para evitar a transmissão do vírus. Por isso, todas as pessoas, inclusive as vacinadas, devem continuar seguindo as medidas de prevenção individual e coletiva.
Há diversas vacinas que precisam ser aplicadas neste modelo para que seja completado o chamado “esquema vacinal” e conferir a proteção adequada. Assim, as vacinas contra a COVID-19 utilizadas no país atualmente possuem esquema vacinal de duas doses, que deve ser completado, respeitando-se os intervalos entre as doses para obter a resposta imune esperada para a prevenção da doença.
Todas as precauções continuam ser necessárias sempre, independentemente da vacinação. Uso de máscara, higienização das mãos (com água e sabão ou álcool gel) e distanciamento social continuam fundamentais.
Não é recomendado o uso de vacinas diferentes, conforme indicam as bulas dos laboratórios (Butantan e Fiocruz). Portanto, o esquema vacinal deverá ser iniciado e concluído com a mesma vacina.
O desenvolvimento de uma vacina segue altos padrões de exigência e qualidade em todas as suas fases, o que inclui a pesquisa inicial, os testes em animais e humanos sob rigoroso protocolo de procedimentos éticos, até o processo de avaliação de resultados pelas agências reguladoras governamentais. Os estudos de segurança e eficácia são realizados antes do registro e aprovação das vacinas pelos órgãos regulatórios de um país – no caso do Brasil, é a ANVISA. Estudo de segurança avalia se a vacina provocará eventos adversos após sua aplicação, qual tipo e sua gravidade, ou seja, avalia quão segura a vacina é. Os estudos de eficácia tem o objetivo de avaliar se a vacina realmente protege da doença no público-alvo ao qual ela se destina, ou seja, aponta a capacidade de resposta imune.
Durante a campanha de vacinação, vários formatos de organização do processo de trabalho das equipes podem ser programados com o intuito de vacinar o maior número de pessoas do público-alvo, evitando aglomerações. Na primeira etapa da campanha contra COVID-19, recomendou-se realizar a vacinação dos profissionais de saúde nos próprios locais onde trabalham. Além disso, as equipes municipais se organizam para vacinar também pessoas nas próprias instituições de longa permanência onde vivem, assim como nas aldeias indígenas e comunidades quilombolas. Para demais públicos, como os idosos, as Prefeituras poderão organizar estratégias de vacinação diferenciadas, além da oferta do imunizante nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), para o alcance do público-alvo, evitar aglomerações e facilitar o acesso à vacina, como postos fixos e volantes, além do modelo drive thru. Consulte as orientações relacionadas ao seu município no serviço de saúde mais próximo de sua residência ou nos sites oficiais da Prefeitura da cidade onde você mora.
Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde:
- Doenças Cardiovasculares
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatia
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênitas no adulto
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão arterial resistente (HAR)
- Hipertensão arterial – estágio 3
- Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
- Doença Cerebrovascular
- Doença renal crônica
- Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
- Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
- Obesidade mórbida
- Cirrose hepática
A vacina está disponível nos postos de vacinação do SUS para os grupos prioritários definidos na campanha. Confira aqui no site Vacina Já (https://vacinaja.sp.gov.br/) o calendário dos grupos já anunciados e consulte-o sempre que necessário para saber se você já pode participar da campanha. Nele você também encontra os endereços dos postos fixos (clique no botão “Locais de vacinação”). Consulte também os canais oficiais de comunicação da Prefeitura de sua cidade para mais informações sobre as estratégias especiais de vacinação, como postos volantes, a exemplo dos drive-thru.
Não. As vacinas contra COVID-19 estão disponíveis somente de forma gratuita pelo SUS, atualmente. Se alguma cobrança ocorrer, denuncie aos serviços de Saúde e de Segurança.
Use máscara (é obrigatória), higienize suas mãos (com água e sabão ou álcool em gel 70%) e evite aglomerações – mantenha distância entre demais pessoas que estiverem no posto de vacinação, respeitando a organização indicada no serviço de saúde. Você encontra mais informações sobre prevenções gerais contra COVID-19 em:
https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.
Os profissionais de saúde estão orientados a informar a cada cidadão qual vacina será aplicada e contra qual doença protege; mostrar a seringa com a vacina antes de aplicar no braço e exibi-la vazia após a aplicação; orientar ainda sobre quais eventos adversos podem ocorrer após a aplicação e informações gerais.
Não. Não há recomendação técnica das autoridades para uso de luvas na rotina de vacinação (somente se o profissional tiver alguma lesão aberta nas mãos, por exemplo). Os profissionais devem respeitar os protocolos de higienização e usar paramentação adequada. O uso de máscara é obrigatório.
Todos precisam levar um documento de identificação (RG ou CPF) no momento da vacinação. Os grupos especiais também devem apresentar documentos médicos (contendo o CRM do médico) sobre sua condição de saúde (confira mais informações no tópico específico).
Quando o cidadão toma a primeira dose, recebe um comprovante de vacinação que deve ser levado na hora de tomar a segunda dose, para que o profissional de saúde verifique qual foi a vacina aplicada na primeira vez e se o intervalo de tempo de aplicação entre as duas doses está correto.
A sigla refere-se ao registro do médico junto ao Conselho Regional de Medicina depois de possuir o diploma para que possa trabalhar na área da saúde. Qualquer médico deve se inscrever no CRM do seu Estado para exercer sua profissão. O número que representa este registro deve estar presente nos documentos emitidos pelo referido médico.
Todas as vacinas disponíveis no SUS são seguras e eficazes; portanto, você pode e deve tomar qualquer vacina que estiver disponível para o seu grupo ou faixa etária (exceto se tiver alguma alergia a um dos componentes da vacina). No momento, as vacinas são disponibilizadas no Brasil de forma gradual e, assim, é importante que você aproveite a oportunidade de se vacinar com qualquer uma delas.
Os dados pessoais dos vacinados são sigilosos e utilizados somente para cadastro nos sistemas oficiais utilizados na campanha de vacinação, para que as equipes técnicas de saúde monitorem a sua imunização e o andamento da campanha em geral.
A vacina previne que ocorra um quadro grave da COVID-19, mas não impede que você se infecte e transmita o vírus. Por isso, você deve continuar utilizando máscaras, mantendo os cuidados de higienização pessoal (especialmente as mãos) e dos ambientes, evitando aglomerações e respeitando todos os protocolos já conhecidos.
Os eventos adversos pós-vacinação podem ocorrer com qualquer imunizante e não devem causar medo ou a ausência da imunização, uma vez que os benefícios de se vacinar são superiores aos riscos, em geral.
Diante de qualquer alteração na sua saúde após se vacinar, é importante procurar um serviço de saúde para avaliação médica e para que os profissionais notifiquem às autoridades de Vigilância para monitoramento do seu quadro e da campanha em geral. Se o quadro de reação for leve, você pode retornar ao próprio posto onde recebeu a dose. Você também pode consultar a Secretaria Municipal de Saúde da sua cidade se tiver outras dúvidas.
A maioria dos eventos adversos pós-vacinação identificados nos estudos clínicos dos imunizantes contra COVID-19 é classificado como leve (não grave) e não impedem a aplicação da segunda dose da vacina contra COVID-19. Exemplos: dor no local da aplicação, eritema (vermelhidão na pele), edema (inchaço), prurido (coceira) ou hematoma (mancha arroxeada na pele). Também pode ocorrer mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), náusea, perda de apetite, diarreia e febre. frequentemente observados, não contraindicam a administração da segunda dose da vacina.
Eventos graves que requeiram atendimento hospitalar são raros em qualquer tipo de vacina disponível na rede pública de saúde.
Procure um serviço de saúde e consulte seu médico para que ele possa te avaliar, orientar e tomar as medidas técnicas necessárias para monitorar sua saúde, sua vacinação e atender aos critérios exigidos pelas autoridades de saúde quanto ao andamento da campanha.
Você poderá doar sangue depois dos seguintes prazos:
- 48h horas após cada dose, se você tomou a vacina do Butantan (Coronavac).
- 7 dias após cada dose, se você tomou a vacina da Fiocruz (AstraZeneca/Oxford) ou da Pfizer.
- Menores de 18 anos: as vacinas covid-19 não estão indicadas para crianças, adolescentes e jovens não-adultos porque ainda não há testes de segurança nestas faixas etárias.
- Grávidas e puérperas: as mulheres nestas condições podem se vacinar com imunizantes e critérios específicos (consulte o tópico sobre este grupo).
- Quem tiver contraindicações aos componentes da vacina: é comum que medicamentos não sejam indicados para pessoas que têm alergia ou hipersensibilidade grave ao princípio ativo ou a qualquer componente da vacina. Isso inclui a pessoa que teve alguma reação anafilática (alergia grave) confirmada após a primeira dose de uma vacina contra COVID-19.
Em geral, se a pessoa estiver com febre moderada ou grave ou algum sintoma gripal/respiratório, deve reprogramar a vacinação até os sintomas passarem e estiver plenamente recuperado. Isso ocorre com todas as vacinas para evitar que as manifestações da doença se confundam com a imunização.
Quem teve diagnóstico positivo para COVID-19 deve aguardar quatro semanas (após o início dos sintomas ou a partir da data de diagnóstico).
Orientações para grupos especiais (pessoas com doenças ou em tratamentos específicos)
No momento, a vacinação está recomendada pelas autoridades de saúde do Brasil somente para as grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) com comorbidades.
O Ministério da Saúde suspendeu o uso especificamente da vacina da Fiocruz (AstraZeneca/Oxford) em qualquer mulher que tenha estes perfis, independentemente de ter ou não comorbidades. Porém, elas podem receber as vacinas do Butantan e da Pfizer em conformidade com o cronograma da campanha.
- Grávidas/gestantes: a vacina está disponível somente para as que tiverem 18 anos ou mais e possuírem comorbidades considerando o benefício em relação risco. É aconselhável consultar o médico em caso de dúvidas.
Mulheres deste grupo podem estar em qualquer período gestacional e devem apresentar comprovante (como a carteira de acompanhamento da gestante/pré-natal ou laudo médico).
Também precisam comprovar a condição de risco, conforme recomendação de comprovação das pessoas com comorbidades (consulte o tópico “Pessoas com comorbidades”).
O teste de gravidez não é um pré-requisito para receber a vacina.
A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nesse grupo, mas estudos em animais não demonstraram riscos para mãe ou feto.
É fundamental procurar um serviço de saúde se houver eventos adversos na mãe, no feto ou no recém-nascido (até seis meses após o nascimento).
- Puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias): a vacina está disponível somente para as que tiverem 18 anos ou mais e possuírem comorbidades considerando o benefício em relação risco. É aconselhável consultar o médico em caso de dúvidas.
Mulheres deste grupo devem apresentar comprovante da fase do puerpério, como a declaração de nascimento da criança/certidão de nascimento.
Também precisam comprovar a condição de risco, conforme recomendação de comprovação das pessoas com comorbidades (consulte o tópico “Pessoas com comorbidades”).
A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nesse grupo.
- Mulheres em amamentação/lactantes: as mulheres que estiverem amamentando podem ser vacinadas seguindo o cronograma dos grupos prioritários que já estão definidos no cronograma da campanha, como qualquer adulto.
A amamentação oferece benefícios à saúde para mulheres que amamentam e também aos seus bebês. As vacinas utilizadas são de vírus inativado, sendo improvável que represente um risco para a criança amamentada. Assim, não é preciso interromper o aleitamento materno.
A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nesse grupo. É aconselhável consultar o médico em caso de dúvidas.
O Ministério da Saúde determinou a priorização de vacinação dos indivíduos com deficiência permanente. Contudo, a vacinação destas pessoas ocorrerá de forma escalonada, a depender do quantitativo de doses, de modo que nesta fase da vacinação foram priorizados os indivíduos com deficiência permanente cadastrados no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC). Para receber a dose, a pessoa deve comprovar ser beneficiário e deve apresentar os seguintes documentos: laudo médico que indique a deficiência; cartão de gratuidade no transporte público que indique sua deficiência; documentos que comprovem seu atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas; documento oficial de identidade e/ou outro que contenha a indicação da deficiência.
É recomendável que você reúna todos esses documentos e leve-os ao posto de vacinação quando chegar a sua vez de se imunizar.
Está recomendada a vacinação dos pacientes em terapia renal substitutiva (tratamento de hemodiálise ou diálise peritoneal) nos próprios locais onde fazem tratamento.
Em caso de dúvidas, sempre consulte seu médico. Você pode tirar dúvidas no município onde mora caso faça tratamento dialítico em outra cidade.
As pessoas que possuem comorbidades (doenças prévias) devem comprovar sua condição de saúde para receber a vacina.
Podem ser utilizados laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, constando o CRM do (a) médico (a).
Quem faz acompanhamento pelo SUS pode comprovar a condição utilizando o cadastro já existente na unidade onde é acompanhado (por exemplo, os programas de acompanhamento de diabéticos).
As recomendações acima valem para pessoas com as seguintes comorbidades (veja a lista e a descrição de cada tipo):
- Síndrome de Down: trissomia do cromossomo 21 (a Síndrome é identificada pela existência de três cópias do cromossomos 21, ao invés de dois).
- Diabetes mellitus: qualquer pessoa com diabetes
- Pneumopatias crônicas graves: indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
- Hipertensão arterial resistente (HAR): pessoas hipertensas nas quais a pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou pressão arterial controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.
Exemplos de remédios anti-hipertensivos: Losartana; Atenolol; Captopril; Enalapril; Hidroclorotiazida; Carvedilol, entre outros. - Hipertensão arterial – estágio 3: pressão arterial sistólica (máxima) ≥180mmHg e/ou diastólica (mínima) ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
- Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade: pressão arterial sistólica (máxima) entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica (mínima) entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
- Insuficiência cardíaca: pacientes com fração de ejeção (porcentagem de sangue ejetada a cada batimento do coração) reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association (método de classificação dos níveis de insuficiência cardíaca).
- Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar: Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
- Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica (alteração no relaxamento ou contração do músculo do coração), lesões em outros órgãos-alvo.
- Síndromes coronarianas: síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
- Valvopatias: lesões valvares (nas válvulas) com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
- Miocardiopatias e Pericardiopatia: Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos (veia cava, artéria pulmonar, veias pulmonares).
- Arritmias cardíacas: arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
- Cardiopatias congênitas no adulto: cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas (redução do oxigênio do sangue); insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
- Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.
- Doença renal crônica: doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica (transtorno renal).
- Hemoglobinopatias graves: anemia falciforme (anemia relacionada a uma alteração no formato dos glóbulos vermelhos – parecido com o de uma “foice”) e talassemia maior (doença relacionada a defeitos na produção de hemoglobina).
- Obesidade mórbida: Índice de massa corpórea (IMC) ≥ (maior ou igual a) 40.
- Cirrose hepática: Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.
- Pacientes oncológicos (com câncer): a vacinação pode ser realizada em pacientes com câncer que realizaram tratamento de quimioterapia ou radioterapia nos últimos seis meses, bem como os que tiverem neoplasias hematológicas (quando a doença afeta células sanguíneas na medula óssea como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo).
A avaliação do benefício em relação ao risco e a decisão referente à vacinação deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o médico. É necessária a avaliação e prescrição médica.
A eficácia e segurança das vacinas covid-19 não foram avaliadas nessa população. No entanto, considerando o uso de vacina com vírus inativado, é improvável que exista maior risco de eventos adversos. - Pacientes transplantados: a vacinação pode ser realizada em indivíduos que passaram por transplante de órgão sólido (coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado) ou de medula óssea que estejam utilizando algum imunossupressor.
A avaliação do benefício em relação ao risco e a decisão referente à vacinação deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o médico. É necessária a avaliação e prescrição médica.
A eficácia e segurança das vacinas covid-19 não foram avaliadas nessa população. No entanto, considerando o uso de vacina com vírus inativado, é improvável que exista maior risco de eventos adversos.
- Pacientes portadores de doenças reumáticas imunomediadas (DRIM), como artrite reumatoide, espondiloartrites e lúpus eritematoso sistêmico, em uso de dose de prednisona (ou equivalente) maior a 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida bem como demais pacientes em uso de imunossupressores.
Preferencialmente, devem ser vacinados com a doença controlada ou em remissão, em baixo grau de imunossupressão ou sem imunossupressão. É ideal a avaliação e prescrição médica.
- Pacientes vivendo com HIV/Aids (PVHA): não há restrição à vacinação independentemente do valor do CD4, pois as vacinas contra COVID-19 disponíveis no Brasil não possuem vírus vivos ou atenuados em sua composição.
Podem ser imunizados sem necessidade de prescrição médica, de acordo com o cronograma da campanha. É necessário apresentar documento(s) médico(s) que comprove a condição de saúde (exames, receitas, relatório ou prescrição médica) que contenha o CRM do médico. Também pode ser utilizado cadastro já existente em serviço de saúde.
Os estudos destas vacinas incluíram estas pessoas entre os voluntários participantes e se mostraram seguras para toda a população estudada, não havendo registro de eventos graves relacionados a elas.
- Demais pacientes imunossuprimidos: a avaliação do benefício em relação ao risco e a decisão referente à vacinação deverá ser realizada pelo paciente em conjunto com o médico. É necessária a avaliação e prescrição médica.
A eficácia e segurança das vacinas covid-19 não foram avaliadas nessa população. No entanto, considerando o uso de vacina com vírus inativado, é improvável que exista maior risco de eventos adversos.
- Doenças causadas por autoanticorpos: as vacinas contra COVID-19 podem ser utilizadas por pessoas com histórico de doenças causadas por autoanticorpos, como púrpura trombocitopênica idiopática, mielite transversa, paralisia facial de Bell, neurite óptica, síndrome de Guilain-Barré (SGB) e encefalomielite disseminada aguda (ADEM).
Não deverá ser aplicada segunda dose se houver qualquer um destes agravos relacionados à produção de autoanticorpos em até 30 dias após a primeira dose de qualquer vacina COVID-19 (temporalmente relacionados à vacinação), situação que deverá ser exaustivamente investigada para afastar outros diagnósticos diferenciais. - Tromboses: casos de trombose sem plaquetopenia ou plaquetopenia isolada (sem trombose) não tem qualquer contraindicação referente à vacinação contra a COVID-19. Até o momento, não há evidência de que indivíduos com histórico anterior de trombose ou fatores de risco conhecidos para trombose tenham maior risco de desenvolver este tipo de evento adverso pós-vacinal. Se houver qualquer manifestação deste quadro, é crucial procurar um serviço de saúde.
- Uso de imunoglobulina humana: Pacientes que fazem uso isolado de imunoglobulina humana devem esperar pelo menos um mês para receber a vacina para que não ocorra interferência na resposta imunológica.
Os que utilizam fazem uso regular de reposição de imunoglobulina humana devem ser vacinados no intervalo já definido em bula entre as duas doses para reduzir a interferência da medicação na resposta vacinal (independentemente de se tratar de imunoglobulina venosa ou subcutânea).
Em caso de dúvidas, sempre consulte seu médico.
Informe ao profissional de saúde no posto de vacinação se você utiliza ou utilizou imunoglobulina humana. - Uso de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes orais: não há impedimentos para a vacinação para pessoas que usam estes tipos de medicamentos.
Exemplos de antiagregantes plaquetários: Ácido acetilsalicílico (AAS); Clopidogrel; Ticagrelor, entre outros.
Exemplos de anticoagulantes: varfarina, apixabana, dabigatrana, edoxabana e rivaroxabana.
Não há relatos de interação desses medicamentos com vacina, portanto, deve ser mantida conforme a prescrição do médico assistente. - Profilaxia (vacina ou soro) da raiva: a vacina antirrábica prévia à uma exposição de risco pode ser utilizada respeitando-se um intervalo de pelo menos 14 dias antes ou após a vacina de COVID-19, na medida do possível.
Em situação pós-exposição ao risco, a vacina antirrábica humana deve ser aplicada o mais precocemente possível devido à gravidade e letalidade da raiva e, se indicado, o soro antirrábico ou a imunoglobulina humana antirrábica.
Se a ocorrência for entre a primeira e a segunda dose de qualquer vacina contra a COVID-19, a segunda dose poderá ser feita conforme o prazo indicado em bula. Para aplicação simultânea das duas vacinas, os profissionais de saúde devem seguir as orientações contidas no Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. - Profilaxia (vacina ou medicamento) contra tétano: deve ser aplicada o mais rápido possível em caso de ferimentos que necessitem da vacina contra o tétano (dT ou imunoglobulina antitetânica).
Se a ocorrência for entre a primeira e a segunda dose de qualquer vacina contra a COVID-19, a segunda dose poderá ser feita conforme o prazo indicado em bula. - Uso de soros antiveneno ou imunoglobulinas: a aplicação deve ocorrer normalmente, sem atrasos devido à vacinação de COVID-19 caso seja necessária a aplicação de 1) soros antiofídicos (em caso de picada por serpente), antiescorpiônicos (picada por escorpião) ou antiaracnídicos (picada por aranhas); 2) imunoglobulinas anti-hepatite B pós-exposição; 3) imunoglobulina antivaricela zoster.
Se a ocorrência for entre a primeira e a segunda dose de qualquer vacina contra a COVID-19, a segunda dose poderá ser feita conforme o prazo indicado em bula.