Aconteceu na quinta-feira (18/1), na sala de reuniões do Paço Municipal, a 1ª Sala de Situação da Dengue de 2024, realizada pela Prefeitura de Tatuí, por meio do Setor de Combate à Dengue da Secretaria da Saúde, em parceria com a Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde. O encontro teve o intuito de apresentar os dados referentes aos últimos dias de 2023 e aos 17 primeiros dias deste ano, a fim de ampliar o fluxo de informações sobre a Dengue no município e de planejar novas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Neste período – 21 de dezembro de 2023 a 17 de janeiro de 2024 -, foram registrados 3 novos casos importados de Dengue, contraídos fora do município. Com relação as atividades para combater o mosquito, estas totalizaram: 9.630 visitas a imóveis; 522 controles de criadouros; 91 nebulizações portáteis; 41 vistorias em imóveis especiais (escolas, clubes etc); 18 ações sanadas; Avaliação de Densidade Larvária (ADL), com análises das amostras larvárias coletadas em 1.236 imóveis, em 8 dias, resultando em um índice de 0,73% (Índice de Breteau), classificado pelo Ministério da Saúde, com base na Organização Mundial da Saúde (OMS), como satisfatório (até 1%); início das visitas aos imóveis da Zona Rural, em 17/1; notificação de uma piscina suja no Residencial Astória e resolução do problema no dia 17/1 (trabalho feito em conjunto com o Departamento de Fiscalização da Prefeitura); e intensificação de visitas aos imóveis do Parque San Raphael, em 12/1, e do Jardim Lucila, em 13/1.
A coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Juliana Aparecida de Camargo da Costa, também afirmou que, no ano de 2023, Tatuí concluiu 5,84 ciclos anuais estipulados pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, de um total de 4 ciclos mínimos no ano. Cada ciclo é referente a 80% de visitas aos imóveis cadastrados no município, divididos por regiões. Soma-se a cada ciclo, o trabalho de Avaliação de Densidade Larvária e o acompanhamento especial nos pontos estratégicos (ferro velhos, cooperativas de reciclagem, borracharias etc).
Na reunião, a representante da Coordenadoria de Controle de Doenças, Sandra Cardoso Sanches, apresentou o Ofício GC/CCD nº 026/2023, assinado pela diretora técnica de Saúde III do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”, Tatiana Lang D’Agostini, e pela coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças, Regiane A. Cardoso de Paula. O documento alerta para o risco de epidemia de arboviroses urbanas nos primeiros meses de 2024, considerando: o atual cenário epidemiológico de aumento de casos das arboviroses urbanas (Dengue, Chikungunya e Zika) no Estado de São Paulo; o aumento da densidade do vetor Aedes Aegypti; a detecção do sorotipo DENV3 na região Noroeste do Estado, concomitante a circulação dos sorotipos DEN I e DEN II; uma possível mudança na circulação viral do DENV, resultando no risco do aumento de casos graves e/ou óbitos; e o período de elevação dos índices pluviométricos, interagindo com o aumento da temperatura, o que aumenta a disponibilidade de criadouros. Em razão disto, o Ofício solicita esforços para que as equipes da vigilância e controle das arboviroses do município intensifiquem as ações de monitoramento e controle dos casos notificados e controle de criadouros, tendo em vista o período das férias, festividades de final de ano e período de verão.
Portanto, além do trabalho já efetuado pelo Setor de Combate à Dengue, a Prefeitura de Tatuí pede a colaboração da população quanto à limpeza e à manutenção de terrenos e residências, que devem ser constantes; o descarte correto de entulhos e demais materiais deve ser feito nos diversos Ecopontos (confira a lista completa, com dias, horários e locais de funcionamento em www2.tatui.sp.gov.br/servicos/ecopontos/). O munícipe também pode denunciar os terrenos sujos e abandonados da cidade, ou as casas recém-construídas sem moradores e com piscinas, para a Ouvidoria Municipal no link tatui.sp.gov.br/ouvidoria ou pelos telefones 0800-770-0665 e (15) 3251-3576; ou ainda pelo telefone da Secretaria da Saúde (15) 3305-8855.
De acordo com os especialistas em Saúde, não menos importante é o uso diário de repelentes. E, caso a pessoa apresente algum sintoma das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti (Dengue, Zika ou Chikungunya), deve procurar imediatamente uma Unidade de Saúde, para receber o diagnóstico e o tratamento adequados.