O Museu Histórico “Paulo Setúbal”, da Prefeitura de Tatuí, por meio de seu Setor Educativo, em parceria com Ademar Machado, promoverá de 7 de outubro a 30 de novembro a exposição “Música Bela Arte”.
Focada na tradição musical da cidade, a exposição também será uma homenagem ao cururueiro José Pinto de Moraes, falecido recentemente.
A visitação é gratuita e pode ser feita de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. O Museu Histórico “Paulo Setúbal” está situado na Praça Manoel Guedes, n° 98, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail educativo.paulosetubal@gmail.com ou museupaulosetubal@gmail.com.
REPRESENTATIVIDADE CULTURAL
A essência do fenômeno não se manifesta nas coisas em si, mas em suas relações; e em Tatuí a música deu vida a um contexto cultural fundamentado em uma metodologia de busca de excelência musical, onde a raça e a origem social e econômica do músico era o que menos importava. A maioria dos integrantes de agrupamentos era de negros e pardos nas corporações musicais de Tatuí no final do século XIX e início do século XX.
A música percorreu a antiga estrada do “Vai e Vem” (inexistente nos dias atuais), que ligava Tatuí a Fábrica do Ipanema e a Sorocaba e que teve um papel importantíssimo para a cultura da cidade. Muitos operários acabaram migrando para Tatuí, naquela época Sítio de “Tatuhu”, e isso permitiu que a música se instalasse definitivamente no solo da “Capital da Música”. Surgem os primeiros maestros de Banda e os primeiros professores de música, que não tinham formação acadêmica, porém grande conhecimento e talento musical.
Tatuí chegou a ter bandas musicais de grande relevância cultural. Essa tradição permitiu que, por meio de uma Lei Estadual de 13 de abril de 1951, fosse fundando oficialmente no dia 11 de agosto de 1954 o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos Campos”, o Conservatório de Tatuí. Em 2007, Tatuí foi oficializada como a “Capital da Música” do Estado de São Paulo, por meio da Lei n° 12.544, de 30 de janeiro do mesmo ano.