A primeira turma pós-pandemia do Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, da Estratégia Saúde da Família (ESF) “Othoniel Cerqueira Luz”, do Conjunto Residencial “Orlando Lisboa de Almeida” – CDHU, terminou o tratamento com 80% dos pacientes conseguindo parar de fumar.
Durante dois meses, oito dependentes do cigarro – coordenados pela médica da Família, Raíssa Motta Russo, com apoio da enfermeira Dalva Balula e do farmacêutico Anderson Hajje – foram submetidos a tratamento médico e terapia farmacológica para reduzirem a dependência ao tabaco. “Para mim, como médica, é muito gratificante ver o sucesso que o grupo obteve, a gratidão deles com o Programa e com eles mesmos, por terem superado esse desafio. Isso nos motiva a continuar e nos mostra que todo esforço vale a pena”, comentou a médica Raíssa.
E este é o grande objetivo do Programa: reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco, que mata cerca de 8 milhões de pessoas no mundo por ano e, no Brasil, 443 pessoas a cada dia, por causa direta do tabagismo. Além disso, fumantes têm maior risco de desenvolverem quadro grave de Covid-19 e de diversos tipos de cânceres e doenças cardiovasculares, como infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças do pulmão e doenças autoimunes.
“Estamos orgulhosos e felizes pelos pacientes atendidos, principalmente pelos quais finalmente se livraram desse vício, que há tanto buscavam sem sucesso”, congratulou o farmacêutico Anderson, que como parte da equipe, auxiliou nas orientações e no tratamento ideal para cada caso.
Depoimentos – Alguns dos pacientes que conseguiram superar o vício, deixaram seus depoimentos, como forma de convencer mais pessoas, que também lutam contra o tabagismo, a procurarem ajuda.
“Temos que aproveitar essa oportunidade única e maravilhosa, porque realmente funciona. Vocês não têm noção da maravilha que é parar de fumar, vale a pena, pode acreditar”, comentou J.
Já para M., a experiência no Programa foi excelente e essencial, ainda mais sendo realizado em grupo, o que favoreceu a troca de experiências. “Eu gostava de fumar, fazia isso por prazer, então chegou uma hora que eu percebi que precisava parar. Com essa convivência e com os medicamentos, hoje, graças a Deus, estou há dois meses sem fumar”, comentou.
“Uma das coisas mais importantes do tratamento, além dos remédios é a reunião. Quando a primeira pessoa do grupo parou de fumar, isso nos incentivou a também lutar contra o vício. Antes, a gente já tomava os remédios, mas faltava um incentivo para pararmos de fumar e isso ajudou demais”, contou L, que realizou o tratamento junto com seu pai.
As iniciais usadas para citar os pacientes do tratamento nesta reportagem são meramente ilustrativas, como forma de não os expor, ao mesmo tempo que seus relatos são de extrema importância para incentivar mais pessoas a aderirem ao Programa.