Na sexta-feira (17), a prefeita Maria José Vieira de Camargo recebeu no Paço Municipal, a visita dos senhores Guilherme Korte (presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Bambu – Aprobambu), Marcelo Ticelli e Pedro Paques, da Estação Experimental local, além do secretário Célio Valdrighi (Agricultura e Meio Ambiente). Em pauta a realização de um grande evento – de nível internacional – no segundo semestre deste ano em Tatuí: a Expo Bambu 2017, com vários parceiros.
A prefeita aprovou a idéia e disse que o Poder Público será parceiro. “Com isso, atraímos desenvolvimento e geramos negócios”, destacou Maria José. Já o presidente da Aprobambu demonstrou interesse em “adotar” uma praça no município e ali construir equipamentos com o uso do bambu.
Reportagem destaca o momento do bambu – Segundo recente reportagem publicada no site da Sociedade Nacional da Agricultura, o bambu vale muito dinheiro hoje nos Estados Unidos, Europa, ásia e Brasil. A afirmação é com base na visão de Guilherme Korte, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Bambu (Aprobambu), e mostra que as atenções estão voltadas para o potencial econômico desta cultura, tanto que a entidade, em conjunto com a Rede Brasileira do Bambu, entrou com um pedido em 2016, na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para a normatização da construção com bambu, conforme outras normas em vigor em mais de 30 países. Isto porque “a madeira da planta é resistente, inclusive, a terremotos”, segundo Korte.
“A ABNT já está com a norma em andamento”, informa Korte, acrescentando que, de olho no potencial do bambu, o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), firmou um convênio com a Aprobambu, o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola e o Instituto Jatobás. Ainda criou a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento do Agronegócio do Bambu, no município de Tatuí (antiga Estação Experimental).
“No local, existe a maior coleção de bambu do Brasil, para o fomento aos micro, pequenos e médios produtores rurais de São Paulo”, informa o presidente da Aprobambu.
O Brasil possui, atualmente, 36 gêneros e 254 espécies nativas de bambu distribuídas entre a Mata Atlântica (62%), Amazônia (28%) e Cerrado (10%).
“Desde o descobrimento do Brasil, o bambu é conhecido e utilizado, copiando moldes asiáticos, africanos e centro-americanos. As primeiras indústrias de papel já utilizavam o bambu para fabricar este produto”, relata o presidente da Aprobambu.